Em setembro de 2019, o YouTube sofreu uma penalização nos EUA por coletar dados de menores de idade, como seus históricos de visualização, sem o consentimento dos pais. Por conta do ocorrido, a plataforma de vídeos da Google mudou sua política de monetização para canais infantis dentro dela.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, sigla em inglês) multou o YouTube em US$170 milhões e exigiu que as devidas mudanças fossem feitas para entrar em vigor até o final de dezembro.
O modelo atual
Hoje em dia, o YouTube possui dois modelos de anúncios:
- Contexto – o YouTube insere no vídeo (seja no começo ou no meio ou simplesmente um banner na base da tela, de acordo com a configuração que o canal definiu) anúncios que tenham o mesmo tema ou próximo do conteúdo em questão
- Personalizado – o YouTube identifica os assuntos que você pesquisou ou assistiu na plataforma e insere anúncios de acordo com o seu histórico de interesses entre outros dados como geolocalização e sua idade entre outros. Assim, é possível que o anunciante configure seu anúncio para que ele apareça, por exemplo, apenas para pessoas de 25 a 45 anos que more em São Paulo e andou assistindo a vídeos sobre um determinado novo modelo de smartphone.
Pois foi justamente através do modelo personalizado que o YouTube coletou informações dos seus usuários mais jovens (entre 13 e 18 anos) de canais infantis a fim de apresentar anúncios para este público específico. O anúncio direto para o público infantil é uma prática proibida nos EUA.
Sem anúncio personalizado em conteúdo infantil
Após sofrer a punição, o YouTube divulgou em uma extensa nota as mudanças que fizeram em sua política de dados em conteúdo infantil em todo o mundo (afetando, então, os produtores brasileiros de conteúdo destinado às crianças). Entre os pontos citados, a plataforma informou que:
- Limitará a coleta e o uso dos dados coletados de usuários menores de idade
- Não exibirá mais anúncios personalizados em vídeos e/ou canais voltados para o público infantil
- Os anúncios de contexto continuarão sendo exibidos, mas os espectadores terão opções de interação limitadas – os comentários, por exemplo, podem ser desativados
- Os produtores de conteúdo precisarão informar se o vídeo que está sendo exibido é destinado ao público infantil
Vale lembrar que essa política é implementada dentro do YouTube Kids, o aplicativo do YouTube que apresenta vídeos para toda a família proporcionando um ambiente controlado para elas, desde sua criação. O YouTube apenas expandirá a prática para os canais infantis que existem dentro da plataforma principal.
Redução monetária
Com a aplicação das mudanças, os canais infantis dentro do YouTube não serão desmonetizados, uma vez que os anúncios de contexto continuarão aparecendo nos vídeos destinados a usuários entre 13 e 18 anos, mas espera-se uma redução de
ganhos com a não-exibição dos anúncios personalizados, que rendem mais exatamente por atingirem um público mais seleto.
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